MIKKEY DEE CONTA POR QUE TOCAR COM O SCORPIONS É MAIS DIFÍCIL DO QUE COM O MOTÖRHEAD

À primeira vista, os fãs podem pensar que o baterista Mikkey Dee era mais exigido ao tocar com o Motörhead, banda que integrou de 1992 até 2015, do que com o Scorpions, grupo do qual faz parte desde 2016. Será mesmo? Em entrevista ao podcast “The Cassius Morris Show”, transcrita pelo Ultimate Guitar, Mikkey Dee revelou que, na verdade, apresentar-se com o Scorpions é mais complicado, enquanto baterista, do que com o Motörhead. A explicação está em como os shows de ambos os grupos aconteciam.

As músicas do saudoso Lemmy Kilmister são, de fato, mais pesadas e intensas, especialmente para o baterista. Entretanto, a dinâmica do show do Motörhead era um pouco mais solta e permitia intervalos e até ajustes no repertório. Com o Scorpions, não funciona dessa forma. Inicialmente, Mikkey Dee refletiu: “As pessoas me perguntam a diferença entre tocar com o Motörhead e o Scorpions. É, claro, musical. Porém, não há grandes diferenças porque esses caras ficaram na estrada por anos. O Scorpions tem muita rotina, é a mesma coisa do Motörhead. Sabíamos o que estávamos fazendo”.

Em seguida, o baterista disse que algumas pessoas chegam dizendo que o trabalho com o Scorpions é “mais fácil” devido ao que ele fazia no Motörhead. Para esses fãs, Dee não estaria nem se esforçando muito ao tocar com a banda alemã. Entretanto, não é bem assim. “Eu sempre digo que o show do Scorpions é mais difícil que o do Motörhead. Com o Motörhead, se eu ficasse cansado, eu gritava para o Lemmy: ‘ei, vá tomar um drinque, Lem, preciso afinar a caixa da minha bateria’. Dava para mudar o repertório também. Não é assim com o Scorpions, pois cada show é cronometrado, tem a mesma duração e tem algumas partes bem difíceis”, afirmou.

O repertório do Scorpions, de acordo com Mikkey, começa “muito intenso”. “Depois, entramos naquele medley dos anos 70, daí fazemos um medley acústico, aí vem ‘Wind of Change’ logo após. E eu estou congelando no palco a essa altura. Daí eu toco 45 minutos seguidos sem beber um gole d’água, pois entra o solo de bateria, depois ‘Blackout’, ‘Big City Nights’… não há espaço nem para respirar”, explicou.

Por fim, o músico apontou que para fazer um show como o do Scorpions, é necessário estar “fisicamente apto”, por ser “muito, muito difícil”. “Eu toco muito, muito pesado. Bato na minha bateria com força, então, é um set difícil”, concluiu.

Fonte: Whiplash

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