O Avenged Sevenfold passou perto de encerrar suas atividades após a morte de James “The Rev” Sullivan. O baterista, que também era uma das lideranças criativas da banda, faleceu em 28 de dezembro de 2009, aos 28 anos, em decorrência de uma overdose.
Quando o músico morreu, o grupo estava dando início ao processo de produção de “Nightmare”, seu quinto álbum de estúdio. Ele chegou a participar do processo de composição, mas não deu tempo de gravar o disco.
Dessa forma, os remanescentes do Avenged Sevenfold trouxeram um dos maiores ídolos de Rev, Mike Portnoy, então integrante do Dream Theater, para realizar as gravações de bateria. Portnoy também fez a turnê de divulgação ao lado da banda.
Em entrevista à rádio 93X, com transcrição via Ultimate Guitar, o vocalista M. Shadows se recordou desse período e não poupou elogios a Mike Portnoy. Na visão do cantor, a chegada do baterista, ainda que de forma provisória, ajudou a salvar a banda.
Inicialmente, ele refletiu: “Fomos muito apoiados por bandas que conhecemos, especialmente dos bateristas, como Vinnie Paul (Pantera) e Mike Portnoy. Tínhamos o álbum ‘Nightmare’ e não queríamos gravar, achávamos que a banda havia morrido. Havíamos perdido nosso melhor amigo”.
Com o tempo, surgiu a ideia de convidar Portnoy para trabalhar no álbum. “A banda decidiu… considerando que era um álbum técnico, com músicas como ‘Save Me’, que tem 11 minutos de duração e é bem progressiva, bem influenciada por Dream Theater, decidimos tentar: ‘ei, você pode nos ajudar?'”, contou Shadows.
O vocalista disse que ninguém da banda conhecia Mike Portnoy pessoalmente até aquele ponto. “Só sabíamos que Jimmy era um grande fã, nós ouvíamos Dream Theater. Decidimos continuar com a banda e fomos jantar com Mike, fizemos o convite e ele ficou muito empolgado, queria gravar o disco”, afirmou.
Na visão de M. Shadows, o Avenged Sevenfold vivia um período caótico após a morte de The Rev, mas Mike Portnoy teve uma postura “perfeita” diante de tudo. “Estávamos de luto, tentando terminar o álbum… foi um caos. Mike foi perfeito, pois aprendeu as partes, é um cara muito capaz em termos de bateria, chegou preparado e nos permitiu fazer o que precisávamos fazer enquanto ele detonava na bateria. Foi perfeito”, declarou.
As músicas de “Nightmare” já estavam em seus estágios iniciais quando o baterista do Dream Theater assumiu o posto. “Jimmy havia feito o esqueleto de como a bateria deveria ser. Havia muita coisa da intuição dele. Eram só demos, gravadas com um kit eletrônico. Foi isso que Mike ouviu para aprender as músicas. Algumas estavam mais adiantadas que outras. Nessas outras, Mike teve que pensar no que Jimmy estava tentando fazer. Ele teve trabalho, mas os esqueletos estavam lá”, comentou o cantor.
A entrada de Portnoy para a turnê ocorreu de forma natural, já que o A7X não considerava excursionar para divulgar aquele álbum. “E foi dessa forma que ele nos ajudou a voltar à realidade, com os shows. Lembro que nosso primeiro show no Canadá foi assustador, por estarmos sem Jimmy e com Mike ainda aprendendo as músicas. Aquilo nos drenou emocionalmente”, pontuou Shadows.
FONTE: Whiplash
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